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Araraquara, SP
Segunda a Sexta : 8h às 17h

Santa Teresinha do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada FaceNeste primeiro dia do mês de outubro, a Igreja faz memória litúrgica de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.

Marie-Françoise-Thérèse Martin nasceu em Alençon, região da Normandia, na França, no ano de 1875 em uma família profundamente religiosa, honesta e muito benquista por todos da cidade. Seu pai, Louis Martin, exercia a profissão de relojoeiro, enquanto sua mãe, Azélia Guérin, comandava um pequeno grupo de mulheres hábeis em fazer os célebres crochês de Alençon. Dos nove filhos que tiveram, quatro faleceram, seguidos pela mãe, quando Teresa contava com apenas quatro anos de idade.

Três de suas irmãs - Marie-Louise, Marie-Pauline Marie-Céline - ingressaram no Carmelo de Lisieux; a quarta foi Irmã da Visitação, em Caen. Ainda menina, Teresa quis acompanhar as irmãs, mas a idade não lhe permitiu. Aos quinze anos, em 1887, vai em peregrinação para Roma com a família e, em uma audiência com o Papa Leão XIII, pede a ele permissão para tornar-se carmelita apesar da idade insuficiente. 

A idade mínima exigida para se entrar no Carmelo era de 18 anos. A resposta do Papa foi cautelosa. Mesmo assim, quatro meses depois, em 1889, Teresa entrava para o Carmelo. Aos dezesseis anos, toma o Hábito Carmelita e recebe o nome de Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. 

Entretanto, o Carmelo não era aquele paraíso que ela sonhara. Os horários precisam ser respeitados religiosamente; a ordem é perfeita, mas o principal - a santidade evangélica - era algo que faltava a Teresa. Foi incompreendida por algumas irmãs e até maltratada por outras. Entretanto, Teresa não se lamenta do espírito que falta no Carmelo, antes o faz nascer dentro de si mesma. Teresa vai transformando as incompreensões em estímulos de santificação, assim como os maus-tratos, as mediocridades, trocando mal por bem, espinho por flor, cara feia por sorriso. 

Ela mesma vai dizer:

"Quero cantar sempre, ainda que deva colher as minhas rosas em meio aos espinhos e o meu canto será mais melodioso se eles (os espinhos) forem mais pontudos e penetrantes!".

Nos poucos anos em que viveu no Carmelo, de 1888 a 1897, não fez nada de extraordinário, mas tudo que fez, fez extraordinariamente bem. Ainda que bastante temperamental e hipersensível, suportou com bom humor as fraquezas de suas irmãs. Descobriu o "pequeno caminho" e o trilhou com a alegria de quem descobriu um tesouro; um dia, entre as anotações de sua irmã Celina, encontrou a frase "Se alguém é pequenino, venha a mim" (cf. Pr 9,4); esse pequenino, pensou, era ela; e Deus a chamava para que fosse a Ele; perguntando-se o que Deus iria fazer do pequenino que fosse a ele com confiança, encontrou a resposta em Is 66,12-13:

"Assim como uma mãe afaga seu filho, assim eu vos consolarei, eu vos carregarei no colo e vos embalarei nos joelhos!".

O coração do evangelho estava falando de novo: não as suas qualidades e os seus méritos, mas a misericórdia de Deus e o braços de Jesus a conduzirão - como um elevador - à santidade. O que é impossível ao ser humano, é possível para Deus: basta que reconheça sua pequenez e se entregue confiante à misericórdia do Pai.

Em 1895, por obediência, descreveu a própria experiência religiosa em alguns cadernos, que, depois, receberam o nome de História de uma Alma, obra autobiográfica de enorme interesse humano, literário e místico. A partir de 1896, Santa Teresinha começou a sentir os primeiros sintomas da tuberculose, que ela levou com paciência e resignação. Se não bastassem as dores físicas, nos últimos dezoito meses de sua breve existência, atravessou de forma dramática uma crise espiritual:

"Meu paraíso consiste em sorrir àquele Deus que adoro quando ele faz questão de esconder-se para provar a minha fé...".

Faleceu em 1897 exclamando: "Oh! Eu te amo, meu Deus, eu te amo!". A morte, porém, transformou aquela pequena e obscura carmelita em uma gigantesca e brilhante estrela de vida cristã. Quando suas experiências e instituições espirituais - narradas por ela mesma ou recolhidos por uma de suas irmãs (Pauline) - são publicadas em 1898, o mundo descobre a pérola que viveu em Lisieux e que, a partir de agora, passa a luzir por todos os cantos e a iluminar vidas ávidas de Deus e do Evangelho. 

Descobre-se que, mesmo vivendo em clausura, a pequena Teresa, imersa em Deus, respira também o mundo, a Igreja, o Reino. Corresponde-se com um jovem sacerdote, padre Adolfo Roulland, que parte para as missões, onde ela mesma queria estar. Reza pela conversão de um jovem criminoso, Pranzini, que, não obstante sua irredutibilidade, beija o crucifixo no exato momento de sua execução. 

Papa Pio XI, para quem Santa Teresinha é a "maior santa dos tempos modernos", canonizou-a em 1925. Em 1929, ao criar, em Roma, o Colégio Russo (Russicum), com o objetivo de formar missionários para atuar nas terras sob a ditadura de Stalin, escolhe como padroeira a Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. A irriquieta Santa vai, assim, cumprindo o seu destino que dera a seu céu: "Passarei o meu céu fazendo o bem na terra!".

 

OREMOS:

Ó Deus, que preparais o vosso reino para os pequenos e humildes, fazei-nos seguir confiantes o caminho de Santa Teresinha do Menino Jesus, para qua, por sua intercessão, nos seja revelada a vossa glória eterna.

 

Crédito da Imagem: Etsy.

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