Santo André, Apóstolo (Festa)

André era discípulo de São João Batista. Quando o Batista apontou para Jesus como sendo o Messias, André começou a seguí-lo. André é o protótipo do primeiro que ouviu o chamado: é operário das primeiras horas! Irmão de Pedro, André comunicou a ele a sua descoberta e ambos foram chamados pelo Mestre à beira do mar onde trabalhavam e de onde também saíriam como "Pescadores de homens" (cf. Mt 4,18-19).

Seu nome tem origem no grego, "Andreas", e signica homem. O leste do lago de Tiberíades era muito helenizada, ou seja, tinha bastante influência grega. Seu nome significa "homem viril" e era irmão de Simão Pedro, também de personalidade bastante forte (cf. Mc 1,16; Mt 14,18). Assim como seu irmão, André é originário de Betsaida Júlia (cf. Jo 1,44). Vive em Cafarnaum (cf. Mc 1,29), cidade à beira do Lago de Genesaré, região que Jesus adotou como centro de sua atividade na Galileia. 

A princípio, André foi discípulo de São João Batista. Depois, torna-se o primeiro a seguir Jesus (cf. Jo 1,40). Era filho de Jonas, pescador em segundo Marcos e Mateus, os dois irmãos estavam pescando quando Jesus os chamou. 

No relato de João, André, que já era discípulo de João Batista, segue Jesus depois de ouvir João dizer: "Eis o cordeiro de Deus!". André, então, foi encontrar-se com seu irmão, Pedro, e o levou até Jesus dizendo: "Encontramos o Messias!" (cf. Jo 1,35-41). 

Pedro, André, Tiago e João formam o grupo dos discípulos mais importantes de Jesus. André está presente nas Bodas de Caná (cf. Jo 2,1-2). André frequentemente é dos primeiros discípulos a ser nomeado nas listas apostólicas (cf. Mc 3,16-19; Mt 10,2-4; Lc 4,14-16; At 1,13). Isso para demonstrar que André está naquele pequeno grupo mais direto de Jesus. Embora não esteja presente na Transfiguração de Jesus. 

Ocupou papel de destaque na Igreja primitiva. Fundou comunidades. 

O texto copta reporta uma bênção especial de Jesus a André: "Tu serás uma coluna de luz no meu reino, em Jerusalém, a minha cidade predileta". Outras tradições que estão fora do cânon romano - conhecidas como extracanônicas - atribuem a André uma atividade missionária no sul da atual Rússia (região conhecida como Scizia). Dessa região, ao sul da atual Rússia, André teria partido para a Ásia Menor (região da Turquia), para, então, ir para a Grécia. Esteve em Épiro e na Acaia. 

Envelhecido, esteve em Patras, também na Grécia, e ali foi condenado pelo Governador Egeate a morrer numa cruz. Era por volta do ano 60 e a cruz era em forma de X, encurtada e diminuída. Essa cruz ficou conhecida como a Cruz de Santo André. 

Outros documentos ainda informam que ele teria sido pregado em um tronco de oliveira - cf. Pseudo Hipólito. Em 356 ou 357, o Imperador Constâncio fez transferir os restos mortais de Santo André para Constantinopla. Entretanto, a cabeça permaneceu em Patras. 

No ano de 1208, por iniciativa do delegado pontifício da Quarta Cruzada, o Cardeal Capuano, seus restos mortais foram transferidos para Amalfi, na Itália, sede da Diocese de Capuano. 

Em 1460, após invasão dos turcos na Grécia, a cabeça do Apóstolo é levada de Patras para Roma. De 1462 - já no pontificado do Papa Pio II - até 1964 - pontificado do Papa Paulo VI -, as relíquias de Santo André repousaram na Basílica de São Pedro, no Vaticano. 

Por fim, em 1964, o Papa Paulo VI devolveu as relíquias aos gregos, estando elas, agora, em Patras novamente, de onde, aliás, nem deveriam ter saído. 

Santo André é padroeiro da Escócia, da Grécia, da Romênia e da Rússia. Ele também é padroeiro de duas cidades brasileiras: Santo André, no ABC Paulista, e também de Santo André, município da Paraíba.

OREMOS

"Senhor, Deus de poder, nós vos suplicamos humildemente que, assim como o apóstolo Santo André foi exímio pregador e guia da vossa Igreja, seja também, junto de vós, nosso constante intercessor. Amém!".

Crédito da imagem: Terra Santa Cruz.