Santa Mônica, leiga

Não há como desassociar a vida de Santa Mônica da vida de seu filho mais ilustre: Santo Agostinho. E o que sabemos hoje em dia sobre ela, deve-se aos escritos do filho, principalmente, as Confissões e Diálogos.

Mônica nasceu em Tagaste, no norte do continente africano (hoje Souk Ahrás na Argélia) no ano 331 da Era Cristã. Sua família era fervorosamente cristã católica, o que moldou a educação de Mônica e, também, a de Agostinho. Foi educada com todo cuidado e austeridade.

Casou-se aos dezesseis ou dezessete anos com Patrício, de origem pagã, que ocupava o cargo de conselheiro municipal em Tagaste. Teve Agostinho quando contava com 23 anos, o filho mais velho. Algumas narrativas alegam que teve um outro filho, Navígio, e uma filha caçula, cujo nome é desconhecido. Perdeu o marido quando tinha, mais ou menos, 40 anos de idade.

Mulher de extrema inteligência e cheia de determinação, era forte tanto na fé quanto na vida de oração, o que fez dela uma jovem, uma esposa e uma mãe exemplar. Após ter se dedicado à conversão do marido, intuito que alcançou no leito de morte do mesmo, gastou seus dias na educação dos filhos e no serviço aos "servos de Deus" (cf. Confissões, IX, 9,22). Entretanto, dedicou especial atenção à conversão de seu filho mais velho, Agostinho. 

Seu trabalho, nesse sentido, foi assíduo e discreto: poucas palavras, muitas orações, anos a fio. 

Acompanha Agostinho, que já era catecúmeno - mas que seguia os preceitos do maniqueísmo -, a Cartago, depois, a Roma e, por fim, a Milão. É nesta cidade que o filho conhece e tem contato com Santo Ambrósio, bispo que será responsável pelo batismo de Agostinho. Mônica, após anos de oração e lutas interiores, vê seu filho receber o sacramento do batismo na Vigília Pascal de 24/25 de abril de 387. 

Após seu batismo, Agostinho decide voltar para Tagaste e, após um período em Roma, iniciam o retorno para casa. Em Óstia Tiberina, porto que fica a 30km de Roma, Mônica adoece gravemente e ali falece, ainda no ano de 387, provavelmente no mês de outubro.

Santa Mônica contava com 56 anos de idade e foi sepultada ali em Óstia mesmo, conforme sua vontade expressada nas Confissões de seu filho. 

Em 9 de abril de 1430, suas relíquias foram levadas para Roma, por ordem do Papa Matinho V, e repousam na Igreja de Santo Agostinho, na Via del Corso.

OREMOS

"Ó Deus, consolador dos aflitos, que acolhestes, em vossa misericórdia, as lágrimas de Santa Mônica pela conversão de seu filho Agostinho, concedei-nos, pela intercessão de ambos, chorar os nossos pecados e encontrar a graça do vosso perdão. Amém!".

Crédito da imagem: Facebook da Igreja de Santa Mônica - Manoa.